Muito se fala de cuidados e autocuidados. Mas como podemos sementar estas práticas no quotidiano quando à nossa volta imperam os ritmos acelerados, a desconexom com os sentires, o anestesiamento do corpo, os automatismos, a preponderância do externo frente ao interno, o esfarelamento dos vínculos? Como fazê-lo sem companhia que acolha e fortaleça, que sustente e que nos faga avançar? Sem a tribo?
Continuar lendo… Tramando bom viver, tecendo redes de apoio e cuidados
Fechamos este curso com a última sessom do obradoiro Tribalizando (auto)cuidados em comunidade. Umha sessom na que dançaremos acompanhades da erva, das árvores, da brisa e do sol para inspirar-nos nessa busca cara a tecer bons viveres.
Umha sesssom para fortalecer o nosso desejo de construir redes sólidas de cuidados que sustentem a nossa existência e abram horizontes de vidas dignas, plenas, prazerosas e em harmonia.
Continuar lendo…Cuidar o território: limites e assertividade como práticas de autocuidado
Pôr limites é exercitar-nos na autopreservaçom. Se falamos de autocuidados esta práctica é vital e acostuma nom estar presente no nosso repertório, especialmente para as pessoas socializadas como mulheres ou construidas dentro do que se adoita etiquetar como “femenino. O mandato social que nos construe como seres para outros e o bloqueo da agressividade (umha funçom adaptativa que em absoluto é sinônimo do violência) fam com que pôr limites ás demandas e necessidades alheias, cuidar o nosso corpo-território da sobre exploraçom e do cansaço, seja umha tarefa difícil para muites de nós.
No entanto, hoje em dia (e desde sempre na memória dos povos originários) sabemos que o crescimento exponencial é unha falacia desenvolvimentista. Nada vivo pode medrar e produzir indefinidamente. Tampouco cuidar. Os limites som umha práctica de afetividade para conosco e de defesa das nossas necessidades e ritmos. Um gesto de autorespeito e autoestima. E portanto também cara a comunidade, ao favorecer a co-responsabilidade e o reparto equitativo dos cuidados.
Continuar lendo…Saborear a vida: quarta sessom do obradoiro Tribalizando
“Reconhecer o poder do erótico em nossas vidas pode dar-nos a energia necessária pra fazer mudanças genuínas no mundo.” Num dos seus ensaios mais conhecidos, Audre Lorde fala do erótico como umha fonte de conhecimento e poder.
Exercitar-se no pracer é (re)descubrir o caminho que nos leva a ganhar poder sobre nós. Estar en conexión com os nossos desejos e necessidades. Identificar àquilo que me faz bem e tomar decisons a partir desse conhecimento.
Viver desde o prazer também supom interagir de outra maneira com o mundo, saboreando as pequenas (e grandes) ledicias que a vida nos ofrece cada dia.
Continuar lendo…Abrigo seguro: segunda sessom do obradoiro Tribalizando
“… y llegará el instante en el que mires el mapa y el lugar seas tú.” Èlia Farrero
Como som os lugares nos que me sinto confortável, em segurança e cuidade? Dou-me permisso para passear polas minhas paisagens internas? Por quais territórios transito e quais permanecem desconhecidos? Como estou a viver a mingua dos espaços coletivos de encontro e partilha desde que se instalou a pandemia nas nossas vidas?
Navegar por estas e outras perguntas para descubrir através do corpo e da vivência possíveis rotas que nos ajudem a seguir construindo o nosso mapa dos (auto)cuidados. Este é o convite da segunda sessom de Tribalizando, dirigida a exploraçom do papel dos espaços para os (auto)cuidados.
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