Damo-nos umha pausa nas férias estivais para partilhar como vivemos as primeiras seis luas do ano e fazer balanço do caminho andado até aqui.
Num ano no que as dificuldades seguirom estando presentes por mor da situaçom pandêmica, levar adiante qualquer iniciativa (e mais ainda quando se trata de projetos radicados na corporalidade, na presença e no contato) é todo um desafio. Reformular as expectativas foi vital para lidar com as frustraçons e reconhecer o valor do que fazemos.
Outra grande aprendizagem sem dúvida foi medir as forças e reconhecer os próprios limites. Desde março o cuidado do projeto Biodanza Cheia de Vida estivo compatibilizado com umha jornada laboral a tempo completo. Algo que achegou umha maior estabilidade vital e econômica (para além de proporcionar umha grande satisfaçom e muitas aprendizagens) mais que reduziu o tempo e a energia disponíveis. Reformular objetivos a partir dessa nova realidade para respeitar-me e cuidar-me foi umha negociaçom constante que nom sempre estivo livre de estresse, mais que vivim como umha práctica necessária no meu caminhar. Fazer os cuidados e a centralidade da vida algo realmente transversal ao projeto passa inevitávelmente por transitar por estas veredas.
Outro grande cambio foi fechar um ciclo de enraizamento espacial e convivencial e abraçar o vazio e a incerteza que trazem consigo as mudanças. Habitar a saudade, o medo, o apego, por vezes a tristura, e confiar plena e visceralmente no que está por vir foi algo que estivo mui presente neste último mês e que agradeço. Agradeço polo importante que é fechar bem processos e vínculos, com bom trato para conosco e para com as pessoas involucradas. Fechar bem para poder (re) abrir com segurança e alegria. Também com gratidom polo vivido.
Assim que agradeço todos os frutos visíveis e invisíveis desta xeira. E me entrego a saboreá-los e oferecer-me tempo e espaço para intuir cara onde dirigirmo-nos na segunda metade do ano.
Antes, quero reverenciar a todas as pessoas que participarom nas atividades de Biodanza Cheia de Vida, que nos seguirom através das redes sociais, que divulgarom os nossos conteúdos e que tecerom conosco propostas para a saúde, o bem viver e os cuidados comunitários. Somos porque estades.