Pôr limites é exercitar-nos na autopreservaçom. Se falamos de autocuidados esta práctica é vital e acostuma nom estar presente no nosso repertório, especialmente para as pessoas socializadas como mulheres ou construidas dentro do que se adoita etiquetar como “femenino. O mandato social que nos construe como seres para outros e o bloqueo da agressividade (umha funçom adaptativa que em absoluto é sinônimo do violência) fam com que pôr limites ás demandas e necessidades alheias, cuidar o nosso corpo-território da sobre exploraçom e do cansaço, seja umha tarefa difícil para muites de nós.
No entanto, hoje em dia (e desde sempre na memória dos povos originários) sabemos que o crescimento exponencial é unha falacia desenvolvimentista. Nada vivo pode medrar e produzir indefinidamente. Tampouco cuidar. Os limites som umha práctica de afetividade para conosco e de defesa das nossas necessidades e ritmos. Um gesto de autorespeito e autoestima. E portanto também cara a comunidade, ao favorecer a co-responsabilidade e o reparto equitativo dos cuidados.
Nesta sessom dançaremos sob a inspiraçom do tigre, um animal de poder que nos ensina a expressar a agressividade como um impulso saudável, atuando nom contra as outras pessoas, senom a favor de nós e do bem comum. Trabalharemos o contato e limites corporais, o fortalecimento da identidade, a presença, a firmeza e criatividade num clima de bom trato e confiança.
Exercitar-nos na assertividade para colocar limites e expressar as nossas necessidades sem autoritarismo e com afetividade. Mobilizar a nossa energia e potência para criar e defender o nosso lugar no mundo e o nosso corpo-território.
Sábado 3 de julho de 11 a 13:30hs em Compostela. O lugar ainda está por confirmar mais já adiantamos que será ao ar livre. Nessa altura já poderemos prescindir do uso de máscaras em exteriores.
Atividade aberta a pessoas com qualquer identidade de gênero.
Imprescindível inscriçon prévia e reserva de vaga cubrindo o formulário: https://forms.gle/uT6AuVPJBkFZtK7s6
Em consonância com o princípio ético de reparaçom histórica com as existências vulnerabilizadas, em todas as atividades de Biodanza Cheia de Vida oferecemos condiçons especiais para a participaçom de pessoas negras, racializadas, migrantes, trans e dissidentes do sistema sexo-gênero e qualquer outro corpo-subjetividade que se atope em situaçom de precariedade vital.